Você conhece a Moxi, a robô enfermeira?
Hospitais no Texas encontraram uma maneira inovadora de liberar os enfermeiros de tarefas repetitivas: repassaram essas atividades para a inteligência artificial
POR Redação Whow! | 11/07/2019 19h11A escassez de enfermeiros fez com que hospitais do Texas, nos Estados Unidos, recorressem a uma solução cada vez mais usual, um robô. A Moxi, desenvolvida pela Diligent Robotics, de Austin, executa 30% das tarefas realizadas por enfermeiros, excluindo as que exigem uma interação direta com os pacientes. Isso inclui deixar itens em laboratório para análise por exemplo.
A inteligência artificial foi projetada com um braço robótico e rodas que facilitam sua locomoção. De acordo com as fundadoras da Diligent, o objetivo era criar um robô com dimensões menores e alta produtividade.
“Nosso desafio era encontrar um equilíbrio entre um braço que fosse funcional o suficiente para pegar coisas e ser útil no hospital, mas ser também suficientemente pequeno para que o robô não fosse muito grande e assustador”, disseram Andrea Thomaz e Vivian Chu.
De acordo com o site oficial da empresa, a Moxi é pré-programada para executar as tarefas do hospital. Através de um dispositivo ela se mantém conectada aos registros médicos. Desta forma, enfermeiras conseguem configurar quais tarefas querem que ela execute e também colocar observações no caso de mudanças. Se por exemplo um paciente tiver alta, a robô receberá uma ordem para levar novos suprimentos ao quarto para receber o próximo internado.
“Eles não precisam pensar em dizer ao robô para fazer as coisas”, explicou Chu.
Nos Estados Unidos, o número de postos de trabalho para enfermeiros deve crescer 15% entre 2016 e 2026, jogando para cima o total de empregos criados na economia americana durante o período.
Isso significa que o já pressionado setor de saúde deve enfrentar ainda mais dificuldades para encontrar mão de obra em quantidade suficiente para atender à demanda ascendente.No Brasil, o “Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar” aponta que o crescimento de empregos no setor de saúde suplementar (planos ou seguros de saúde) entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês de 2019 foi de 3,7%, quando, no mesmo período, os empregos formais totais criados no País tiveram registro de apenas 1,1%.
O setor de saúde como um todo possui 8,2% da mão de obra empregada formalmente e o aumento de empregos relacionados aos convênios apontam para um crescimento de demanda em hospitais e clínicas particulares.
Livre do trabalho repetitivo
Diante dessa realidade, a automação de processos pode ajudar a combater o déficit crescente por serviços de saúde e mão de obra especializada. Por enquanto, as inovações têm se limitado a tarefas que não dizem respeito exatamente às questões próprias do atendimento à saúde, mas às tarefas operacionais. O ganho principal está em liberar os enfermeiros desse tipo de atividade e permitir que se dediquem aquilo que estudaram para fazer.
Outro ganho que o robô tem promovido nos hospitais do Texas é a qualidade de vida dos pacientes, já que é muito requisitado por eles para alegrar o ambiente. Segundo o portal FastCompany, a Diligent Robotics tem observado o efeito do robô sobre o humor das pessoas e cogita lançar robôs amigos para outras indústrias.
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