Por que as corporações estão cada vez mais engajadas nos projetos de exists – venda de uma parte ou a totalidade da startup por para outra empresa? O cofundador do fundo Domo Invest, Felipe Andrade, explica que os bons empreendedores vão passar por este processo e que quem quer comprar uma startup busca uma posição de mercado, consolidação e valor adicionar pro cliente e shareholders. Já quem está vendendo chancela o sucesso do empreendimento, tem uma sensação de “dever cumprido” e sonha grande, seja para começar um novo negócio ou expandir a atuação do atual.
Como o Whow! apontou recentemente, o mês de julho teve o maior número de aquisições, ou M&A, de startups por outras empresas, desde que o levantamento começou em agosto de 2019.
E para saber o que alguns dos fundos de investimento, investidores-anjo e empresas mais importantes do Brasil estão pensando para os próximos meses e anos, o Whow! novamente atua como parceiro estratégico na Open Innovation Week (Oiweek) desenvolvida e organizada pela 100 Open Startups. A sua 12ª edição também contou com a parceira da Domo Invest.
Como as corporações estão mudando o cenário de aquisições
Veja, abaixo, os principais destaques do segundo dia e o vídeo na íntegra no topo desta matéria.
Renan Lopes, head de M&A da Vtex: “Hoje, no Brasil tem em torno de 1.00m operações por ano e por volta de 250 a 350 estão no setor de TI. M&A é um instrumento muito forte para crescer a base de clientes, mas também pode ter o objetivo de expandir o portfólio de produtos. E as empresas brasileiras estão buscando cada vez mais o M&A, como uma alavanca para a internacionalização. Nos últimos anos na Vtex nós realizamos sete operações de M&A.”
Mauro Back, vice-presidente de Pessoas e Projetos Estratégicos da ClearSale: “O T.group olha investimentos em uma linha que tenha link forte com aquilo que somos competentes. Somos investidores em outras empresas, olhando sinergia. Nós somos investidores em outras empresas, mas sempre olhando sinergia de negócios. Então somos investidores estratégicos e não especulativos. Por causa disso, temos mais paciência para ver a evolução dos negócios. Nós temos uma cultura muito importante de autonomia.”
Fernando Salaroli, head de Produto da Loft: “Estes aquihires têm dois motivos principais. Quando você está crescendo, recrutar e fazer as coisas direitinho, você não tem tempo. Você só vai. E você ter uma alavanca para comprar uma empresa com pessoas boas, assumindo que você tem o dinheiro, é um destes hacks que permite a você chegar nos mesmos objetivos sem ter que gastar tanta energia fazendo employer branding, olhar no LinkedIn e abordar as pessoas. Querendo ou não isso exige um nível de esforço muito grande. A outra parte que faz sentido é o valor estratégico para complementar.”
Rafael Matos, head de Novos Negócios do Banco Neon: “Olhamos para três ângulos. Primeiro é a aquisição de cliente. Muitas empresas tem uma base de clientes, mas tem uma dificuldade para a monetização e dificuldade em escalar além daquele produto. A segunda frente é um produto muito rentável que resolve um problema difícil de ser resolvido, mas não tem escala. E por último, um braço que é super específico, a aquisição de licenças.”
Perdeu a Oiweek aqui no Whow!?
Saiba mais sobre os próximos passos dos fundos de investimento, aquisições de grandes empresas, corporate venture capital, investimento-anjo e cases de sucesso na quarentena, no canal da 100 Open Startups no YouTube.
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