Veja quais setores mais se beneficiam com o avanço da vacinação
Segmentos da economia como turismo e hotelaria tendem a demorar mais para retornar ao padrão pré-pandemia
POR Daniel Patrick Martins | 31/08/2021 18h24Segundo projeções do Sebrae, 54% das pequenas e médias empresas poderiam estar em uma retomada positiva em relação as suas atividades, e consequentemente aos lucros, se não fosse a lentidão da vacinação no Brasil. “Sabemos que a vacina é o único meio capaz de devolver a economia ao eixo da normalidade. Por isso, apoiamos todas as iniciativas que têm sido adotadas para ampliar a disponibilidade de vacinas para a população. Quanto mais rápido imunizarmos todos os brasileiros, mais rápida será a retomada dos pequenos negócios”, comenta Carlos Meles, presidente do Sebrae, em entrevista à Exame.
O estudo “Perspectiva de Retorno dos Pequenos Negócios” revela que alguns segmentos relativamente menos atingidos pela pandemia poderiam avançar mais nesta retomada. São os casos dos setores de:
- comércio de alimentos;
- educação
- saúde e bem-estar;
- logística;
- construção;
- oficinas e peças;
- negócios pet;
- indústria de base tecnológica;
- e serviços empresariais.
Mesmo com o avanço significativo da vacinação, alguns comportamentos de consumo intensificados durante a pandemia vão continuar em alta. É o caso do consumo por plataformas digitais, por exemplo. Por outro lado, também é provável que algumas pessoas evitem aglomerações mesmo após a vacina, atrasando a recuperação de alguns setores da economia. Veja quais setores vão demorar mais para retomar ao patamar pré-pandemia:
- bares e restaurantes;
- artesanato;
- moda;
- beleza;
- turismo;
- e economia criativa.
Dessa forma, é necessário que o processo de vacinação aconteça aliado a ações que protejam e fortaleçam os pequenos negócios neste período de transição. Empreendedores continuam precisando de capacitação para se adaptar aos meios digitais, e, principalmente, de acesso a crédito e outros tipos de financiamento. Somente assim os setores mais atingidos pela pandemia poderão se recuperar.
“Algumas das mudanças a que fomos ‘apresentados’ ou que se intensificaram durante a pandemia, como as mudanças tecnológicas, vieram para ficar. Outras, como as que ocorreram nos setores de aviação, hotelaria e turismo, deverão permanecer por mais dois ou três anos e vão passar”, diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Instituto de Estudo de Desenvolvimento Empresarial (Iedi) ao Estadão. Por outro lado, o especialista afirma que atividades do setor de entretenimento ou de construção de novos escritórios ou agências bancárias, por exemplo, podem nunca voltar ao padrão pré-pandemia.