Toda comunidade empreendedora precisa de cultura e rituais
Neste artigo, Laura Gurgel explora a importância de identificar temas em comum e criar rituais frequentes para unir os membros da comunidade
POR Laura Gurgel | 10/12/2021 15h26No último artigo, falamos sobre como identificar as pessoas para participarem de nossas comunidades empreendedoras. Falamos sobre a definição dos perfis dos membros, seus comportamentos e onde estão, com o mapa de empatia e persona. Falamos ainda sobre a importância de atrair as pessoas e do primeiro seguidor.
Depois de acharmos nossos membros e os melhores perfis para nossas comunidades, precisamos trabalhar o senso de pertencimento (apresentamos este ponto no segundo artigo). Como dissemos, este propósito é fundamental para manter a coesão da comunidade, fazer com que todos se sintam parte dela, mantendo as pessoas engajadas e atuantes no grupo.
Mas como fazer isso na prática?
Uma das melhores formas de manter os membros da comunidade ativos e participantes é pensar o desenvolvimento de uma boa cultura para o grupo:
1- Que hábitos e costumes estas pessoas têm que permitem o desenvolvimento de uma conexão entre elas?
É sempre bacana entender profundamente sobre os gostos e preferências da sua comunidade: manter as pessoas curiosas e engajadas é realmente uma arte. Quando geramos um ambiente onde todos se sentem confortáveis para acompanhar o que é compartilhado e contribuir trazendo ainda mais conteúdos, há um maior envolvimento dos membros. Conversando com seus membros, você poderá identificar diversos pontos em comum entre eles.
2- Em quais formatos e plataformas estas pessoas costumam passar o tempo e consumir seus conteúdos favoritos?
Conversando com a sua persona – aquele perfil traçado como o membro ideal para a comunidade – você conseguirá compreender melhor o comportamento dela, e saber qual a plataforma ideal para reunir os participantes.
3- Que tipo de temas, conteúdos e informações estas pessoas gostam de compartilhar e de acompanhar?
Sabendo dos temas sobre os quais a comunidade gosta de falar, suas preferências, o que os membros têm em comum, além da forma como se relaciona e se comunica, é possível compreender quais seriam as boas práticas junto ao grupo. Com isso, dá para criar dinâmicas incríveis, onde todos se sentem confortáveis para compartilhar seus conhecimentos com os demais. É nesse momento em que a comunidade passa a fazer parte da vida de seus participantes, as pessoas começam a interagir e, mais ainda, se sentir parte dela.
4- Crie rituais!
Os rituais estão para as comunidades como as tradições estão para famílias. Por exemplo: algumas famílias têm a tradição de fazer uma longa viagem no final do ano, para aproveitar a virada juntas. Este é um ritual daquele grupo. Mais um exemplo? Grupos de amigos que se encontram semanalmente para fazer um Happy Hour ou então jogar futebol. Mais dois rituais bem comuns que a gente nem percebe que são hábitos.
Nas comunidades, os rituais funcionam como um reforço identitário: estamos juntos, temos nossos hábitos e este ritual aqui comunica, para nós e para os demais, quem somos. E não precisa ser nada demais: uma pausa semanal para um encontro / reunião para discutir algum tema de interesse, happy hours mensais, juntar o grupo para realizar alguma atividade relacionada ao foco da comunidade.
Querem dicas? Algumas aqui: sessão de cinema uma vez por mês, clube do livro, café da manhã coletivo, happy hour virtuais, rodas de conversa, churrascos, por aí vai. O importante é fixar um ritual e uma frequência, e garantir que sempre ocorram os eventos.
E é assim que começamos a criar os nossos rituais e, como passo seguinte, a cultura de nossas comunidades!
Conta pra gente: que rituais as comunidades de que você participa têm?