Você sabia que a cidade de Salvador (BA) está se tornando o centro da inovação em tecnologia feita por pessoas negras na América Latina? Essa e outras tendências tech surpreendentes estão listadas pelo site Rest of the World, publicação do Vale do Silício especializada no assunto.
Conforme observado pelo Índice de Cidades Empreendedoras 2020, divulgado aqui no portal Whow!, Salvador é a 12º cidade com melhor cultura empreendedora do Brasil. Agora, o que está sendo chamado de “Vale do Silício Negro” começa a se formar na capital baiana, onde 80% dos residentes se identificam como negros.
Centro de inovação em tecnologia feita por pessoas negras
Com 206 startups, de acordo com dados da plataforma Startup Base, e fortíssimo legado africano, Salvador tem se tornado um modelo internacional de inovação em tecnologia feita por pessoas negras. Segundo o Rest of the World, é questão de tempo até que startups africanas, sobretudo as que oferecem soluções voltadas às comunidades pretas, migrem para a Bahia e fomentem o ecossistema inovador.
A fintech nigeriana Migo já deu esse passo. No final de 2019, a startup, que desenvolve uma plataforma digital de crédito como serviço em mercados emergentes, recebeu aporte de US$ 20 milhões para seu lançamento no mercado brasileiro.
“O desafio da desigualdade social global é impulsionado pela falta de acesso ao crédito. Se você olhar para a classe média em países desenvolvidos, ela se baseia principalmente no acesso ao crédito”, disse o fundador e CEO da Migo, Ekechi Nwokah, ao TechCrunch.
A Qintess, uma das maiores empresas de TI do Brasil, anunciou um investimento anual de US$ 2 milhões nos próximos cinco anos em startups voltadas para a população negra, além de terem desenvolvido uma parceria para capacitação profissional em tecnologia com a aceleradora Vale do Dendê, de Salvador.
O Vale do Dendê, inclusive, recebeu um fundo de US$ 1 milhão do Google no projeto Black Founders Fund.
SoftBank oferece fundo de US$ 100 milhões
Não é apenas o Brasil que recebeu fundos recentes para o desenvolvimento da economia de cor.
Em junho de 2020, o SoftBank divulgou um fundo de US$ 100 milhões para investir em empreendedores de comunidades negras, latinas e indígenas dos Estados Unidos. O aporte foi impulsionado pelo movimento Black Lives Matter, após o caso do assinado de George Floyd no estado de Minnesota, e tem o propósito de corrigir as desigualdades persistentes nas comunidades minoritárias no país.

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