Wildlife Studios busca ser referência global em mobile gaming

(Foto: Wildlife Studios/Divulgação)
Whow!: Como foi o processo que levou a Wildlife a se tornar o 10º unicórnio do Brasil?
Michael Mac-Vicar: A Wildlife sempre foi uma empresa que gerou caixa para financiar o próprio crescimento. Com oito anos de fundação, quase 70 jogos lançados e um crescimento médio de 80% ao ano, nossos produtos passaram a ganhar cada vez mais reconhecimento. E, a partir de 2014, com o lançamento do Sniper 3D, começamos a figurar entre as maiores desenvolvedoras de mobile game do mundo.
Todo este cenário positivo, somado a um mercado com muito potencial, colaborou para alçarmos o patamar de unicórnio. Estamos muito felizes e otimistas com nossa posição atual e a intenção é consolidar, cada vez mais, a Wildlife Studios como uma empresa referência no setor de tecnologia e mobile gaming.
W!: Quais são os planos da empresa com o investimento recebido?
MMV: Iniciamos uma nova etapa no nosso ciclo de crescimento, que nos deixa mais próximos da nossa missão de divertir bilhões de pessoas ao redor do mundo. Queremos entregar a melhor experiência aos nossos jogadores e, por isso, continuaremos focados em unir profissionais de referência, com ampla experiência internacional, a jovens talentos nos mercados em que atuamos.
Queremos que a Wildlife seja a empresa que atraia os melhores talentos para que façam o melhor trabalho de suas vidas, desenvolvendo e distribuindo jogos que marcarão uma geração de jogadores. Por isso, com o aporte, a companhia tem planos de acelerar as contratações, investir ainda mais em melhorar a qualidade dos jogos, além de auxiliar outros desenvolvedores a levar seus jogos para mercado.
W!: Foi uma iniciativa da Benchmark em investir na Wildlife, ou a empresa deu o primeiro passo na busca a este investimento?
MMV: O Benchmark é o fundo com maior retorno na indústria de venture capital, onde as empresas investidas crescem em média dez vezes após o aporte inicial. A motivação para essa rodada de investimento foi construir uma parceria estratégica com o Benchmark, que já viu e ajudou outras empresas de tecnologia a desenhar e implementar suas estratégias de crescimento.
De fato, poderíamos ter levantado capital com outros fundos em valuations maiores. Porém, a escolha pelo Benchmark foi principalmente baseada no seu track record e no nosso alinhamento com os sócios.
W!: A empresa passou por um rebranding recente, mudando de Top Free Games para Wildlife Studios. Qual foi a motivação por trás desta decisão? Teve alguma relação com o processo de financiamento?
MMV: Por mais que a empresa já tenha quase uma década de existência, a marca ainda não era tão conhecida entre o público – nossos jogos eram bastante populares, mas não a Top Free Games (que chamávamos de TFG). Quando a empresa nasceu, esse nome fazia sentido em diversos aspectos, inclusive para facilitar a busca pelos nossos jogos na App Store e Google Play Store.
Hoje em dia isso não funciona mais, e percebemos que o antigo nome não refletia nossa personalidade e quem nós somos, então resolvemos mudar na metade do ano passado. Foi uma mudança que antecedeu o financiamento e não há relação entre as duas coisas.
W!: Na opinião de vocês, qual é o panorama geral do mercado de startups games no Brasil e no mundo?
MMV: Acreditamos que ainda tem muito espaço a ser explorado. Mobile games já representam metade do mercado de vídeo games, movimentando quase US$ 70 bilhões. O panorama nesse cenário, de games e de tecnologia, é que ainda não há uma empresa global de origem brasileira que seja referência. Com isso, vemos uma brecha para que a Wildlife Studios ocupe este espaço, e nosso objetivo é justamente esse. Temos o time, a ambição e a criatividade para isso.