Por que habilidades vão moldar o futuro do trabalho?
Dado do Fórum Econômico Mundial, do início de 2020, aponta que 1 bilhão de pessoas no mundo vão precisar serem retreinadas até 2030
POR Laís Côrtes | 29/09/2020 11h11Mesmo antes da pandemia muitas carreiras já estavam em plena mudança. Novas tecnologias e modelos de trabalho estão redesenhando como será o futuro do trabalho. E as habilidades mais buscadas terão mais importância do que valor do que diplomas acadêmicos, segundo Ravi Kumar, presidente da Infosys e Steve George CIO global, da Ernst & Young explicam em um artigo recente no Fórum Econômico Mundial (FEM). As competências sociais e naturais também vão ganhar evidência.
Diante da situação pandêmica, as empresas tiveram de moldar o seu sistema de empregabilidade e com isso, estão requisitando talentos cada vez mais específicos e pontuais. Ravi e Steve argumentam que esta pontualidade nos trabalhos, ou seja uma prática de atividades por demanda, – noção apresentada pela gig economy –, promoverá que as crianças de hoje tenham carreiras concomitantes.
Mudança de mentalidade no futuro do trabalho
Durante gerações considerou-se, fortemente, os diplomas acadêmicos como um grande atributo para se aprovar um candidato ao cargo proposto pela empresa. Investimos anos das nossas vidas em cursos para inflar nossos currículos e conseguir destaque na seleção de emprego. No entanto, um dado do início deste ano do próprio FEM aponta que 1 bilhão de pessoas no mundo vão precisar serem retreinadas até 2030, pois muitas das habilidades requeridas sofrerão mudanças.
O mercado de trabalho, não se estenderá mais sobre currículos e diplomas, nesta nova realidade pessoas sem diplomas têm a oportunidade de se inserir no mercado, abrangendo a diversidade e alcançando um emprego de sucesso.
A covid-19 alavancou um alto índice de desemprego globalmente e trouxe consigo uma mudança no mercado de trabalho. Agora, as empresas tiveram de mudar seus métodos, no período do home office as coisas se tornaram diferentes, o foco em diplomas acadêmicos mudou para hard skills, soft skills e habilidades holísticas.
Novas habilidades buscadas
De acordo com Ravi e Steve , as empresas já buscam por pessoas criativas, inovadoras, detalhistas, habilidosas na resolução de problemas, com mente colaborativa e que saibam lidar com a ambiguidade e a complexidade das tarefas, mais do que as que são mais técnicas ou orientadas para uma função.
Os autores ainda afirmam que as companhias tendem a buscar por pessoas que tenham a mentalidade do lifelong learning para que se mantenham constantemente atualizados para as habilidades necessárias no futuro do trabalho. Ao contrário, o diploma universitário, que em média gasta-se quatro anos para conquistá-lo, poderá se tornar obsoleto.
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