*Por Pedro Piovan
Os exemplos de inovação mais falados — até cansativamente — são: Airbnb, Dropbox, Uber e Apple. Estas são inovações transformacionais, disruptivas e fundamentais. Elas alteram o status quo.
Mas ninguém fala das outras inovações: aquelas pequenas, do nosso dia a dia, que costumam facilitar muito a nossa rotina ou até tirar tarefas de baixo valor. Essas inovações rotineiras são essenciais para uma cultura de inovação madura.
Não adianta ficar buscando só a inovação disruptiva. Se a gente só causar disrupção, o mundo não ganha a estabilidade necessária para crescer. A gente fica em uma constante mudança e um sentimento de falta de segurança. A inovação incremental serve para isso, ajudar o nosso mundo a adaptar uma inovação disruptiva que já aconteceu.
Portanto, em invés de ficar buscando apenas a disrupção, pense no seu dia a dia e o que poderia ser melhorado. Não em um salto, mas em um pequeno passo.
Priorize a inovação incremental
Para você inovar incrementalmente, vou te deixar algumas perguntas que te ajudarão a identificar oportunidades e depois um processo de inovação simples, que pode ser feito em 30 minutos.
Vamos lá.
Na rotina de trabalho do seu time ou sua, individualmente, o que está sendo feito manualmente que adiciona pouco valor ao seu trabalho? Em seu dia a dia, o que você demora para fazer que tem certeza que poderia ser feito mais rápido via tecnologia? O que em seu produto ou serviço causa muito atrito com o cliente e poderia ser diferente?
Se você respondeu uma dessas três perguntas, você já tem uma (ou várias) oportunidade(s) de inovação incremental.
Dicas para identificar formas para inovar
Selecione aquela que você entende que tem mais desperdício. Agora siga o processo abaixo:
- Explore uma dessas oportunidades, entendendo quanto desperdício é gerado naquela tarefa (tempo, recurso, esforço, atenção, etc);
- Encontre uma boa justificativa para o seu time comprar a ideia — as pessoas só trabalham com algo que elas entendam o por que trabalhar; e
- Junte todos em uma sala do Zoom, Teams, Hangouts ou Meet e peça para cada um pensar em cinco soluções possíveis, individualmente, em cinco minutos.
Votem nas ideias que surgiram. E então, decidam testar uma delas, pensando na viabilidade de construção. Pronto, agora você tem uma ideia pronta para ser implementada.
Essa é uma forma simples, barata, acessível e íntegra para solucionar problemas de baixa complexidade. Não precisamos de muito para inovar, precisamos saber “Como” e “O Que” inovar.
*Pedro Piovan, fundador do laboratório de inovação Ensaio.
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