O que motiva uma startup a participar de um programa de aceleração
A validação do modelo de negócios e a possibilidade de vislumbrar possibilidades a partir dos insights de cada incubação estão entre as razões
POR Adriana Fonseca | 03/08/2020 11h00A trajetória de um empreendedor pode ser bem solitária A healthtech MedRoom nasceu em 2015, com a proposta de revolucionar o aprendizado do corpo humano nas faculdades de medicina. Para isso, a startup utiliza a realidade virtual junto com estratégias de gamificação em treinamentos e simulações de emergências nas aulas de anatomia.
Este ano, a empresa foi escolhida para participar do Impact Tank, programa de mentoria do Itaú BBA e Yunus Negócios Sociais, junto com outras quatro healthtechs: Cuco Health, Beaba, Cuidas e NeuroBots. “Por trás do que a MedRoom faz existe um propósito de impacto para a educação e a saúde, que é reduzir erros médicos, através de experiências imersivas para a educação médica. E a proposta dessa parceria entre o Itaú BBA e a Yunus Negócios Sociais é conseguir dar mais visibilidade e apoiar esses programas.”, diz Vinicius Gusmão, CEO da MedRoom, ao Whow!.
Porque participar de um programa de aceleração
Esta não é a primeira vez que a startup consegue entrar em programas de mentoria. Já participou de programas de incubação como o da Singularity University, no Vale do Silício, e da Eretz.bio, centro de inovação e empreendedorismo do Hospital Albert Einstein, e foi acelerada pela GoGlobal, da Alemanha, Grow+ e InovAtiva Brasil. “Esses programas nos ajudaram a validar nosso modelo de negócios e a vislumbrar as possibilidades a partir dos insights que cada incubação nos trouxe”, comenta Vinicius.
Segundo ele, para que a experiência seja proveitosa, é preciso escolher o programa seguindo alguns critérios.“O programa de mentoria depende muito do fit e dedicação de ambas as partes e também da visão do mentor envolvido em abrir portas e estar disposto a entender o momento da startup.
“Por isso. é muito importante, antes de entrar em um programa, a startup estudar aquele parceiro para sentir a flexibilidade e agilidade que existirá no relacionamento.”
Vinicius Gusmão, CEO da MedRoom
Foto Vinicius Gusmão, CEO da MedRoom (divulgação)
Novos produtos digitais na startup
“Ampliamos a nossa solução para atender as mais variadas demandas do mercado de saúde. Por exemplo: uma empresa de estetoscópios poderá ter a versão 3D de seu produto dentro de simulações e casos clínicos desenvolvidos com a nossa realidade virtual para treinamentos de médicos e enfermeiros”, explica o CEO.
Ainda dentro do plano de ampliação da startup está o lançamento de outro aplicativo, focado em estudantes, com assinatura mensal no valor de R$ 49. “O app contará com nossa solução de VR no ambiente digital e os professores poderão manusear espelhamento nas telas dos alunos. É um canal virtual para estudar a anatomia e fisiologia humana de qualquer lugar, com nossos pacientes virtuais Max e Lucy.”
+STARTUP
7 tendências para o setor de healthtechs
Brasil aparece no fim da lista em ranking global de competitividade digital
4 problemas do setor de saúde agravados pela pandemia e combatidos por startups
Startups unidas contra o coronavírus