Um estudo da Deloitte para a Febraban, divulgado neste ano, apontou que 2018 foi o ano da virada do smartphone sobre o computador de mesa nos serviços bancários. O pagamento de contas via mobile banking fechou 2017 com o número de 872 milhões de operações e saltou, ao fim de 2018, para 1,6 bilhão, um crescimento de 80%, superando as operações via internet banking, que não cresceram em 2018, mantendo o número de 1,5 bilhão de operações, o mesmo de 2017. Nesta quinta parte da série sobre bancos digitais, o Whow! mostra como os smatphones dominam o setor.
As transferências pelo celular também tiveram um crescimento muito superior no mobile em comparação com o internet banking tradicional, saltando de 394 milhões de operações em 2017 para 862 milhões de operações em 2018, crescimento de 119%. As operações desse tipo via internet banking cresceram 10% no ano passado, passando de 485 milhões de operações para 534 milhões. As contas que podem ser acessadas pelo smartphone saltaram de 57 milhões para 70 milhões em 2018.

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Largada no digital
Estudo deste ano encomendado pelo PayPal e realizado pelo IDC mostra que 56% dos que usam serviços bancários o fazem diretamente de bancos e startups que não têm localizações físicas. Entre esses, que já não usam nenhum serviço de agência, 24,3% usam exclusivamente o smartphone.
Infraestrutura
Segundo Rubens Fogli, diretor de Pagamentos Digitais do Itaú Unibanco, um dos temores relacionados ao crescimento dos produtos bancários digitais no Brasil já foi dissipado: problemas de infraestrutura de rede.
“A gente está longe de ter um problema com as nossas conexões 3G e 4G, ou seja, nossos aplicativos cobrem tranquilamente a necessidade do consumidor. Há problemas pontuais de conexão, mas nada que possa ser relacionado a uma estrutura de baixa qualidade”, aponta o executivo em evento do PayPal.
O diretor da área de Pesquisa e Inovação do Bradesco, Antranik Haroutiounian, concorda que o acesso à internet é suficiente para a utilização de serviços bancários via smartphones. “De maneira geral, o consumidor passou a utilizar com mais frequência os canais digitais de interação com seus provedores de serviço, exigindo respostas mais ágeis e experiências sem fricção”, completa ao Whow!.