Antes da pandemia causada pelo novo coronavírus, a americana Buttonsmith era uma empresa que vendia uma série de produtos, como bottons, ímãs, fitas de crachá e coleiras de cachorro. Tudo feito nos Estados Unidos, um diferencial nesse mercado, pois emprega apenas mão de obra local. Outro diferencial: a customização. Os clientes podiam solicitar itens com textos e fotos à sua escolha e a empresa produzia o item em algumas horas, fazendo a entrega alguns dias depois do pedido.
Com esse modelo de negócio e uma vitrine na Amazon, a Buttonsmith tinha uma receita de US$ 2 milhões em 2017, segundo uma reportagem da publicação americana Fast Company. Uma cifra e tanto se levarmos em conta a idade do fundador do negócio: Henry Burner tinha 10 anos em 2014, quando abriu a empresa.
Com a Covid-19, Henry, hoje com 17 anos, e sua mãe, Darcy pivotaram o negócio: agora, a Buttonsmith fabrica somente máscaras de proteção.
O comunicado no site, diz o seguinte:
“Como todas as empresas não essenciais no estado de Washington atualmente, estamos fechados para tentar diminuir a propagação da Covid-19. Ainda não está claro quando o pedido para ficarmos em casa será suspenso. Temos máscaras de tecido disponíveis para venda, envio dentro de um dia do pedido. As máscaras são feitas nos Estados Unidos com materiais dos Estados Unidos. Essas máscaras não são de nível médico. Se você quiser nos ajudar, adquira máscaras ou um cartão-presente na loja. Mantenha-se seguro e saudável por aí e lave as mãos.”

Imagem ilustrativa (Pexels)
Darcy conta que a Buttonsmith já tinha máquinas de costura, usadas em alguns de seus produtos, e que a empresa sabia trabalhar com tecidos, além de já ter fornecedores locais para produzir as máscaras. Foi aí, então, que a equipe começou a trabalhar no design das máscaras. Com o produto pronto, os clientes da marca se engajaram.
Em 25 de abril, a Buttonsmith enviou menos de cem máscaras. Dois dias depois, os pedidos já somavam 1.500 unidades.
Ajudou a alcançar esse número o fato de a empresa já ser uma parceira antiga da Amazon, fazendo com que a multinacional permitisse à Buttonsmith anunciar suas máscaras na vitrine on-line da varejista.
Até quando o negócio vai permanecer “pivotado”, os empreendedores não sabem. Henry diz que é muito mais difícil fazer um planejamento estratégico quando não se sabe o que vai acontecer daqui a duas semanas.
Mesmo com a estratégia rápida de pivotar o negócio para manter algum faturamento durante a crise, a Buttonsmith teve que demitir parte de sua equipe durante a pandemia. Para a folha de pagamento que ficou e os demais custos da empresa, as máscaras estão cobrindo as despesas. Cada unidade é vendida a 10 dólares. Em breve a empresa começará a fabricar máscaras customizadas.
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