A inovação é um algoritmo
A inovação que aumenta a produtividade, que reduz o esforço do cliente, que reduz custos ou que traz um novo modelo de negócio é forma de trazer dinheiro novo. As “operações” que a produção de inovação – design thinking, design Sprint, brainstormings, co-criações, não importa – , funcionam exatamente como um algoritmo. Esses tempos de cultura digital são a era de ouro do algoritmo. Ele é o motor do machine learning, que por sua vez, faz “funcionar” as Inteligências Artificiais no rumo do aprimoramento ilimitado. IAs aprendem a partir das interações das pessoas com a máquina, com o sistema. O algoritmo “elege” a melhor resposta (sim, tem todo o parentesco com a ferramenta de busca que é o coração do Google) e a torna referencial, mas sempre está apto a incorporar uma resposta melhor. Transportando essa dinâmica para o relacionamento com o pós-consumidor, o algoritmo pode antecipar necessidades, provocar a criação dos efeitos de redes orquestradas em torno de ofertas, produtos, serviços e causas (pense em Black Friday!) e até mesmo levar à criação de novos negócios que rompem com os padrões estabelecidos. No fundo, um Airbnb é um negócio construído em torno de um algoritmo, como o Google, o Rappi, a Yellow (de aluguel de bikes/patinetes) ou o Manual do Mundo (canal de ciência e tecnologia com mais de 11 milhões de inscritos). Nubank é negócio construído em torno de algoritmo, American Express não é. Tiny Farms (comida para pet) gira em torno de algoritmo. Purina, ao contrário, não (ao menos por enquanto). Allomind, o home theater que cabe em um par de óculos é logicamente uma empresa criada em volta de um algoritmo. Olhe para a televisão da sua casa e você já sabe: ela não é.
Sim, inovação é um algoritmo. E como tal, ele melhora substancialmente, primeiro de forma gradual e depois repentina, a experiência do cliente, desconstruindo e tornando obsoletos os princípios que fundamentam negócios e empresas estabelecidas. Exatamente por isso que a inovação, na era do pós-consumidor, representa o triunfo do algoritmo. Falamos de empresas que conseguem aprender e gerar valor continuamente, ganhando escala em volumes brutais, criando abismos entre elas e as concorrentes tradicionais. Logo, quando as companhias líderes falam em “transformação digital”, elas estão manifestando o desejo de serem como as startups, leves, ágeis, capazes de criar equipes multidisciplinares que aplicam as técnicas de inovação, mas falta-lhes o ingrediente essencial: um algoritmo que force a criação de inovação, que esteja no coração de IAs que aprendam, que lide com a complexidade do mercado de forma acelerada, como ensina Clemente Nóbrega, grande mente que se dedica a pensar e a difundir inovação em nosso país.
Mas qual empresa incumbente é capaz de compreender que o motivo exato de seu sucesso passado é precisamente a razão que a torna presa frágil de empresas disruptivas? Não importa o setor, bancos, redes varejistas, montadoras, empresas de cosméticos, publicidade, alimentação, todas terão que enfrentar as ameaças de fintechs, retail techs, auto techs, skin techs e beauty techs, ad techs, food techs, que, por sua vez, operam no eixo demandas e comportamento do pós-consumidor, algoritmo, informação, aprimoramento acelerado.
Esse novo cenário causa evidente ansiedade no C-Level dos principais mercados do mundo. De que lado sobrevirá a inovação capaz de agredir a sua empresa? Essa é a pergunta que vamos procurar responder dia após dia nesse novo portal Whow! Queremos que você encontre aqui a melhor, amis qualificada e estruturada informação sobre inovação, empreendedores, startups, negócios, investidores, disrupções e change management do Brasil.