Mercado Bitcoin, empresa do mercado de bitcoins na América Latina, recebeu aporte milionário dos fundos GP Investments e Parallax Ventures, na última semana. O valor exato do aporte não foi divulgado, mas estima-se que esteja na casa da centena de milhões.
Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, conta ao portal Whow! que o ecossistema de criptoativos está cada vez mais maduro e robusto. “Já foram mais de dez anos da primeira transação de bitcoin e a plataforma continua a se mostrar segura e confiável, validando o protocolo blockchain. Diante disso, o ingresso de mais usuários e de investidores institucionais é um processo aparentemente irreversível, aumentando a demanda pelos ativos existentes e por novas aplicações e usos da tecnologia”, diz.
Com o recebimento do investimento, a empresa planeja acelerar projetos que já estão em produção, como o MB Digital Assets, o Bitrust e a carteira de ativos digitais Meubank, que até o momento já transacionou mais de R$ 1 bilhão, segundo Reinaldo.
“Queremos aumentar a robustez da plataforma para atender uma nova escala de operações e atuar em outros países. Também reforçaremos nossa vertical de educação, que ocupa um espaço relevante no relacionamento com nossos clientes, desde a fundação do Mercado Bitcoin, em 2013”, afirma o executivo.
Tendências para criptoativos em 2021
Neste intervalo de oito anos da fundação do Mercado Bitcoin para cá, o valor transacionado da moeda digital deu um salto impressionante: de R$ 150, o bitcoin passou a valer R$ 186 mil, por transação. O motivo por trás desse crescimento, segundo Reinaldo, é decorrente do aumento da demanda. “Em especial, no caso do bitcoin, existe uma escassez prevista dentro do próprio protocolo ― existirão somente 21 milhões de BTC. Com a expectativa de que a rede se consolide, mais pessoas buscam acesso ao ativo, provocando aumento de preço, dado que o volume não pode ser alterado”, conta.
O executivo ressalta, contudo, que o ecossistema ainda não chegou à consolidação da tecnologia, e oscilações de valor poderão ocorrer: “Para quem olha para os criptoativos apenas sob viés de preço, é importante ter em mente que poderá haver oscilações ao longo do tempo.”
Assim como muitos outros especialistas atuantes no segmento da blockchain, Rabelo acredita que a carteira de criptomoedas se tornará um novo protocolo de internet. “Com mais desenvolvedores dedicados ao protocolo e investimentos em diversas aplicações, acreditamos ser possível que a blockchain se torne uma web 3.0, em que se poderá confiar nos dados e nas transações e que sustentará um mundo cada vez mais digital. O bitcoin apresentou um novo protocolo de relacionamento digital, ainda que, à princípio, fosse entendido apenas como uma solução para meios de pagamento.”

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