Durante o mês de fevereiro, 20 startups brasileiras receberam aportes de capital, segundo mapeamento feito pelo Whow!. No mês anterior, janeiro, foram nove investimentos mapeados.
A pesquisa, publicada mensalmente pelo Whow!, acontece através do acompanhamento do mercado nacional de investimento, com as divulgações realizadas pelas próprias startups e pela imprensa. Vale destacar que desde o início desta série, aqui no site, o mês de outubro de 2019 registrou o maior número de aportes financeiros com 22.
E partir desta edição, a 100 Open Startups contribuirá com números de aquisições, inovação aberta e fusões, entre grandes empresas e startups.
Ao final da matéria é possível encontrar as relações de investimentos nas startups brasileiras desde agosto.
Veja abaixo a lista das startups que receberam aportes em fevereiro.
Investimentos em startups
A plataforma de crédito imobiliário captou um um aporte liderado pela Distrito Ventures. O valor investido na startup não foi divulgado. A Distrito informou apenas ter investido R$ 12 milhões em três empresas: Atta, Blu365 e SuperSim.
A corretora fundada pelo ex-executivo da XP Roberto Lee recebeu um aporte da e-Bricks Ventures para ampliar equipe e expandir a operação.
A empresa traz alternativas de investimento e contas digitais nos Estados Unidos para clientes latino-americanos.

Foto ilustrativa (Shutterstock)
A DOMO Invest fez um aporte de R$ 3 milhões na startup, que se propõe a democratizar o acesso a investimentos alternativos de alta qualidade a partir de operações 100% online com regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com o dinheiro que entra, a fintech tem a expectativa de crescer mais de dez vezes nos próximos três anos. A empresa foi fundada em 2017.
A plataforma digital de negociação de dívidas captou um aporte liderado pela Distrito Ventures. O valor investido na startup não foi divulgado.
A plataforma digital de consórcios recebeu um aporte da e-Bricks Ventures. O valor do investimento, junto com a rodada feita pelo mesmo fundo na Avenue, ficou em R$ 50 milhões. O dinheiro será usado para contratações e expansão dos negócios.
A startup de gestão de documentos captou R$ 35 milhões em uma rodada com participação de Kaszek Ventures, Onevc e Valor Capital. Fundada em 2016, a Docket soma R$37 milhões captados.
O investimento será usado para ampliar a equipe de vendas e melhorar o atendimento aos atuais clientes. Hoje são 100 funcionários e a expectativa é encerrar o ano com cerca de 150.
A empresa de Florianópolis que desenvolve soluções para gestão de trade marketing recebeu um aporte de R$ 23,5 milhões do fundo Bridge One. Este é o primeiro aporte da Involves, que tem quase 12 anos de mercado. O dinheiro será usado para expandir os negócios para Colômbia e México.

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A startup de serviços financeiros que conecta investidores a micro, pequenos e médios empresários recebeu um aporte de R$ 6 milhões. A meta agora é quadruplicar a oferta de crédito, chegando a R$ 65 milhões em 2020.
A rodada foi liderada pela DOMO, com participações de Indicator Capital e Devas Invest.
A empresa de software de recrutamento e seleção recebeu um aporte de R$ 3,3 milhões e os recursos serão destinados, principalmente, à área de inovação de produto e ampliação do time de desenvolvimento de inteligência artificial para tornar o processo de seleção ainda mais preciso.
O dinheiro veio do Brasil Venture Debt I. Este é o segundo aporte financeiro recebido pela Kenoby em menos de um mês. No início de janeiro, a companhia levantou a quantia de R$ 20 milhões em rodada de investimento liderada pela Astella.
A plataforma imobiliária recebeu um aporte de US$ 4 milhões liderado pela Redpoint eventures. A startup pretende usar o dinheiro para aumentar a equipe e continuar desenvolvendo sua plataforma baseada em dados e inteligência artificial.
A Kzas fornece uma pré-análise detalhada das necessidades, disponibilidades, documentação e crédito e, em seguida, sugere correspondências entre propriedades e clientes. Tudo é feito de forma digital.
A empresa de prescrições médicas digitais recebeu uma nova rodada de investimento, agora Série B, liderada pela DNA Capital e com participação da Redpoint eventures. O valor de R$ 20 milhões será usado, segundo a startup, para impulsionar a transformação do cenário tradicional de receitas médicas escritas à mão para prescrições digitais no Brasil.
A Memed, nascida em Avaré, no interior de São Paulo, em 2012, já havia recebido aportes de Monashees Capital, Qualcomm Ventures e Redpoint eventures.
A foodtech, que entrega saladas, foi fundada em 2016 e conquistou um aporte liderado pela Kaszek Ventures, mas o valor não foi divulgado. A empresa adota o modelo “cloud kitchens”, com cozinhas centrais em galpões destinadas exclusivamente a atender o delivery, em vez de fazer entregas a partir de lojas físicas.
Hoje, a Olga Ri opera uma dessas cozinhas no bairro do Itaim, em São Paulo, e chega a fazer mais de dez mil entregas nos dias mais movimentados. Metade disso sai via aplicativo próprio e o restante fica com apps parceiros, como iFood, Rappi e UberEats.
O aporte que entra agora deve ser usado para abrir mais uma “cloud kitchen”.
A startup de impacto social recebeu um capital semente de R$ 380 mil de quatro fundos de investimentos. A Polen, que conecta empresas a doações para ONGs, vai usar o dinheiro para aumentar a equipe e o número de companhias atendidas.
O Portal de Compras Públicas recebeu um aporte de R$ 2,5 milhões da Cedro Capital. Segundo a empresa, os recursos chegam no momento em que entra em vigor a obrigatoriedade do pregão eletrônico para os municípios e o dinheiro será investido, principalmente, na ampliação das equipes de atendimento e capacitação.
A agrotech que atua no monitoramento de lavouras por meio de soluções digitais recebeu aporte de US$ 40 milhões. A rodada, a terceira da companhia, foi liderada pela Unbox Capital. Fundada em Araçatuba, no interior de São Paulo, a empresa monitora atualmente uma área de 8 milhões de hectares de lavouras em 11 países.
A fintech que concede microcrédito para pessoas físicas captou um aporte liderado pela Distrito Ventures. O valor investido na startup não foi divulgado.
Star Bank
A fintech B2B recebeu um aporte liderado pela Iporanga Ventures. Fundada em 2018, a Star Bank planeja investir o valor recebido no desenvolvimento de seu produto. Para 2020, a expectativa é transacionar R$ 10 bilhões.
A escola que capacita pessoas em desenvolvimento de software recebeu um aporte de R$ 42 milhões seis meses após a sua fundação.
A rodada foi liderada pelo fundo Atlântico e teve participação de outros investidores, entre eles Canary, Global Founders Capital, e.Bricks, Maya e Norte. Anteriormente, a startup já havia captado uma rodada seed liderada pelo Canary e com participação de e.Bricks, Maya e Joa.
A startup de aluguel de veículos levantou R$ 380 milhões em dívida para financiar sua expansão. A rodada foi coordenada pela XP Investimentos e teve participação da BMG e Bossa Nova Investimentos. A meta é chegar a 25 mil carros em 18 meses.
A empresa, uma locadora sem frota própria, não informa com quantos veículos trabalha atualmente. A Vai Car opera com carros alugados de outras locadoras, que são sublocados para motoristas de aplicativos e para outros perfis de pessoas.
A plataforma de antecipação de recebíveis conquistou um aporte de R$ 80 milhões do BV (ex-Banco Votorantim). Além do aporte, o banco vai ampliar o funding para a Weel em até R$ 800 milhões.
Fundada em 2015 ,em Israel pelos brasileiros Simcha Neumark e Shmuel Kalmus, e pelo americano Russell Weiss, a Weel oferece recursos de capital de giro para empresas com faturamento médio anual em torno de R$ 10 milhões.

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Aquisições
Segundo a 100 Open Startups, quatro grandes empresas foram ao mercado para se reforçarem. Confira quais foram estas aquisições de startups em fevereiro.
Dona dos sites de e-commerce Americanas.com, Shoptime e Submarino, ela comprou a Supermercado Now, uma plataforma de entrega de compras realizadas em supermercados.
A empresa adquiriu a Send4, companhia que atua na automatização de processos de logística reversa para e-commerce.
A startup de compra, reforma e venda de apartamentos comprou a Spry, que usa tecnologia para fazer pesquisas de mercado.
A multinacional brasileira de serviços de TI comprou a Mozaiko, uma startup de analytics.

Arte (Grupo Padrão)
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