O ecossistema de inovação brasileiro tem se desenvolvido rapidamente nos últimos três anos, quando o número de empresas à base de tecnologia, com modelos de negócios escaláveis, em pouco tempo triplicaram, mesmo diante da persistência da crise econômica.
O Brasil tem cerca de 13 mil startups e 77 comunidades concentradas, principalmente nas regiões Sudeste e Sul, segundo levantamento da Startup Base. A cidade de São Paulo concentra 2.666 startups, enquanto a cidade do Rio de Janeiro vem atrás com 703 empresas do tipo.
A disposição de cidades e estados brasileiros em relação à quantidade de startups é muito semelhante à classificação em relação ao tamanho da economia dessas localidades, o que mostra a relação direta entre capacidade de investimentos e participação dentro de um ecossistema desenvolvido para desenvolvimento das ideias.
Um bom exemplo é o Estado do Rio de Janeiro, que vem perdendo relevância tanto na porção da economia nacional quanto na participação no cenário da inovação. Minas Gerais se destaca diante da perda de relevância do Rio de Janeiro.
Tanto na porção de startups quanto no tamanho da economia, São Paulo é mais de três vezes maior que o segundo colocado, o que mostra a relação direta entre tamanho da economia e fomento à inovação.

Imagem ilustrativa (Unsplash)
Inovação focada em B2B
A proximidade com empresas faz a diferença para o progresso de startups no modelo de inovação que o Brasil escolhe desenvolver, com participação massiva do investimento privado em detrimento do investimento público. Como resultado, 48,7% das startups são voltadas para resolver problemas de outras empresas. Apenas 20% são dedicadas à resolução de problemas do consumidor, ou seja, startups com modelo de negócio B2C.
O nicho de mercado que mais concentra startups é o de SaaS (Software as a Service), com quase 42%. Esse segmento de atuação representa uma porção considerável dos serviços B2B. Depois do SaaS, destaca-se o segmento de marketplace, com quase 20%. Os marketplaces englobam “shoppings online”, voltados tanto para consumidores finais como para empresas, no caso de compra e venda de energia elétrica, por exemplo.