Na última década, aumentou consideravelmente a base de dados relacionada ao ecossistema de startups da região Norte do país. Em 2009, havia 28 startups mapeadas. Dez anos depois, 266, segundo dados compilados pela Associação Brasileira de Startups. A maior parte delas fica no Amazonas (29%) e em seguida aparecem com boa representatividade os estados do Pará (24%) e Rondônia (14%).
A inovação em Rondônia tem duas comunidades mapeadas, uma em Porto Velho, a capital, e outra em Ji-Paraná, segundo município mais populoso do estado, com cerca de 132 mil pessoas.
Inovação em Rondônia com foco no B2C

Metade das startups da região vende diretamente ao consumidor final, no modelo B2C. Imagem: Unsplash
Na capital, a comunidade de startups recebe o nome de Tambaqui Valley. A maior parte das empresas (66,6%) está em fase de ideação ou validação, com apenas 16,7% em operação e 16,7% em estágio de tração. As áreas de atuação dessas startups são educação, esportes, saúde, vendas e construção civil.
Em relação ao modelo de negócio, metade atua com SaaS, e as demais optaram por marketplace, venda de dados e clube de assinatura. Também metade das startups da região vende diretamente ao consumidor final, no modelo B2C.
Nenhuma das startups do Tambaqui Valley recebeu aporte ou apoio externo de incubadora, segundo o mapeamento da Abstartups. A maioria (83,3%) ainda não tem receita, e 100% delas têm, no máximo, cinco pessoas na equipe.
Em 2020, o ecossistema recebeu o prêmio da categoria Comunidade Revelação do Startup Awards, premiação nacional do ecossistema de inovação.
Momento de escalada em Ji-Paraná
A segunda comunidade de startups mapeada em Rondônia é da cidade de Ji-Paraná. Metade das empresas analisadas está em fase de escalar o negócio, enquanto 25% estão no estágio de tração e 25%, ainda na etapa de ideação.
Elas atuam com e-commerce, educação, software e finanças, sendo que o SaaS é o modelo de negócio predominante (50%), seguido por marketplace (25%) e clube de assinatura (25%). Entre essas startups, 75% vendem para outras empresas (B2B).
Entre as startups de Ji-Paraná, 75% nunca receberam investimento e metade tampouco foi apoiada por uma incubadora. Metade das empresas tem até cinco pessoas na equipe e o restante, entre 11 e 20 funcionários.
Uma das startups de destaque do estado de Rondônia é a Terapia de Bolso, que já teve sua história contada no Whow!. Elias Balthazar, CEO e fundador da healthtech, conta que a região Norte ainda é tímida em inovação de tecnologia, mas é um cenário em transformação.
“A pandemia está acelerando esse processo devido ao isolamento social, mas é preciso sempre aculturar as pessoas a comprarem mediadas por tecnologia e isso é sempre um desafio”, disse ele na entrevista.

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