Deep tech, ou ‘tecnologia profunda’ se refere a empresas e negócios que são diretamente ligados às áreas da medicina, engenharia, química, biologia, física e matemática, com foco nos desafios e disrupções proporcionadas por esses segmentos. De modo geral, estão relacionadas à capitalização de grandes descobertas científicas.
Definindo a tecnologia profunda
Como tecnologia e startups são termos que não andam mais separados, houve a necessidade de criar uma nova nomenclatura, que fosse distinta e representasse exclusivamente corporações que tratam de novas invenções, e não apenas de aprimoramentos daquilo que já existia.
O termo ‘deep tech’ foi cunhado pela CEO Swati Chaturvedi, da Propel (x), plataforma de investimento-anjo em startups com esse enfoque.
No blog oficial da Propel (x), as startups de tecnologia profunda são classificadas como aquelas que compartilham as seguintes qualidades:
Desenvolvimento a partir de anos de pesquisa e testes em laboratório
Posse da propriedade intelectual
Conselho técnico, além do conselho comercial

Foto Panumas Nikhom (Pexels)
Diferenças entre inovação, disrupção e deep tech
O jornal alemão Deutsche Welle (DW) conceituou esse paralelo usando o Uber como exemplo, por ser uma disrupção que, muitas vezes, é confundida com inovação – mas que não é
“Você acha que o Uber é inovador? Bom, ele está trazendo disrupção a todo um setor, e tem milhões de clientes todos os dias; porém, ele apenas alavancou a economia do compartilhamento e construiu seu serviço usando as tecnologias já existentes. Em outras palavras, não reinventou a roda; apenas tornou ela, sem dúvida, melhor”
jornal alemão Deutsche Welle
Segundo Swati Chaturvedi, exemplos de tecnologia profunda no segmento de transportes incluiriam veículos autônomos, carros voadores ou outras tecnologias transformadoras semelhantes. De forma sintetizada, toda deep tech é disruptora, mas nem toda disrupção é inovadora.