Estudo global da Mercer, que ouviu mais de 7 mil pessoas, aponta atitudes de desenvolvimento em recursos humanos para emrpesas se manterem em destaque
A pandemia provocada pelo novo coronavírus e o sentimento generalizado de incerteza estão acelerando as mudanças na forma como as organizações ao redor do mundo estão trabalhando e continuarão a trabalhar no futuro. No atual cenário, as empresas deveriam olhar para quatro principais tendências, que permitirão às companhias se manterem à frente em 2020, segundo o estudo global Tendências de Talentos 2020, feito pela consultoria Mercer com mais de 7.300 executivos sênior de negócios, líderes de recursos humanos e funcionários de nove setores em 34 países.
1. Foco no futuro
A diretriz é trabalhar em conjunto para garantir que as pessoas prosperem agora e no futuro.
De acordo com a pesquisa global, 85% dos executivos entrevistados concordam que o objetivo da organização deve ir além do interesse dos acionistas, mas apenas 35% das empresas cumprem isso hoje. Enquanto isso, um em cada três funcionários diz preferir trabalhar para um empregador que mostre responsabilidade com todos os stakeholders, e não apenas com acionistas e investidores. Por isso, 68% dos executivos querem se concentrar mais nas metas ambientais, sociais e de governança.
Em outro aspecto abordado pela pesquisa, enquanto 61% dos funcionários confiam em seu empregador para prepará-los para o futuro do trabalho, 63% sentem o risco de esgotamento ou burnout.
O estudo também mostra que 72% dos trabalhadores experientes planejam continuar trabalhando após a idade de aposentadoria e mais de três quartos (78%) dos funcionários desejam fazer seu planejamento financeiro a longo prazo, mas apenas 23% das empresas oferecem esse tipo de programa à sua força de trabalho.
Na maioria das regiões, o apoio mais valioso para os funcionários são as oportunidades de crescimento pessoal e profissional (73%).
2. Corrida para a requalificação
No estudo o tema da requalificação é o investimento em talentos mais importante para impulsionar o sucesso do negócio. Embora 99% das organizações estejam embarcando nessa transformação, muitas relatam lacunas significativas nas habilidades da força de trabalho. Se de um lado 78% dos funcionários dizem estar prontos para aprender novas habilidades, 38% afirmam que não têm tempo suficiente para o treinamento. Além disso, apenas 34% dos líderes da área de recursos humanos estão investindo no aprendizado e na qualificação das pessoas como parte de sua estratégia de preparação para o futuro do trabalho, sendo que 40% não sabem quais habilidades seus funcionários possuem atualmente.
“Para atrair e reter talentos, as empresas precisam oferecer oportunidades amplas e justas de crescimento e desenvolvimento, que façam a diferença em seu bem-estar físico e financeiro, proporcionando um clima de confiança mútua”
Ana Laura Andrade, líder da área de estratégia de talentos da Mercer no Brasil
No Brasil, os funcionários dizem que a inovação e a resolução de problemas complexos serão as principais habilidades demandadas nos próximos 12 meses. Entretanto, para os líderes de RH brasileiros, o marketing digital e o empreendedorismo é que são as prioridades. “Transformação não é uma questão de se adaptar, mas de como melhor se adaptar. Para se manter à frente, as organizações precisam se requalificar em escala, com velocidade e em todas as gerações de sua força de trabalho ”, diz Ana Laura.
A sua empresa pensa em inovações disruptivas ou novas modelos de negócios
Os avanços em machine learning continuam – o uso da análise preditiva quase quadruplicou em cinco anos (de 10% em 2016 para 39% hoje). No entanto, apenas 43% das organizações usam métricas para identificar funcionários com probabilidade de deixar a companhia, 41% sabem quando é provável que um talento crítico se aposente e apenas 18% conhecem o impacto das estratégias de remuneração no desempenho. Enquanto as máquinas superam os humanos em tarefas relacionadas à escala e velocidade, os humanos superam as máquinas na verificação e julgamento dos sentidos, que são elementos críticos da tomada de decisão ética.
No entanto, enquanto 67% dos líderes de RH estão confiantes de que podem garantir que a inteligência artificial não esteja institucionalizando preconceitos, os códigos de ética sobre a coleta, aplicação e implicações da análise de pessoas ainda estão engatinhando.
4. Energia e experiência
Entre as tendências também está a experiência do funcionário. Ela é a principal prioridade do RH e 58% das organizações estão passando por mudanças para se tornarem mais centradas nas pessoas. No entanto, apenas 27% dos altos executivos acreditam que a experiência dos funcionários trará algum retorno ao negócio.
Embora 61% dos funcionários confiem no empregador para cuidar de seu bem-estar e 48% dos executivos classifiquem esse ponto como uma das principais preocupações da força de trabalho, apenas 29% dos líderes de RH têm uma estratégia de benefícios de saúde e bem-estar estruturada.
“Funcionários cuja empresa está focada em sua saúde e bem-estar têm quatro vezes mais chances de serem energizados e motivados com seu trabalho”, explica Ana Laura
“Funcionários energizados são essenciais para realizar a agenda de transformação das organizações: são mais propensos a permanecer, mais resilientes e mais prontos para se requalificar”
Ana Laura Andrade, líder da área de estratégia de talentos da Mercer no Brasil
Embora a transformação do RH esteja no topo da agenda das organizações, apenas 40% dos líderes da área dizem ter uma estratégia integrada de pessoas.
No Brasil, a tendência de aprimorar a experiência dos funcionários aparece somente em quinto lugar na lista de prioridades. Investir em treinamento e requalificação da força de trabalho, reestruturar o RH para maior alinhamento com o negócio, melhorar a forma como o ecossistema de talentos é alavancado e desenvolver uma estratégia integrada de pessoas encabeçam a lista de prioridades dos líderes de RH no país.
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