Para entender o cenário do trabalho remoto no Brasil, a Husky, uma fintech que reúne serviços integrados de contabilidade, administração financeira e câmbio, entrevistou cerca de 700 profissionais que já adotam esse modelo de trabalho.
Para quem pensa que o trabalho remoto chegou apenas com a recomendação de home office imposta pela pandemia do novo coronavírus, o seguinte dado vai surpreender: 30,5% dos entrevistados trabalham remotamente há mais de três anos. Esse jeito de trabalhar vem ganhando popularidade nos últimos anos, já que 69,5% o adotaram há menos de três anos.
A tendência, aliás, é global. Um estudo feito pela Workplace Analytics, consultoria focado no futuro do trabalho, no começo de 2020 mostrou que a quantidade de pessoas que trabalham remotamente cresceu 140% desde 2005.
“Desmitificar o trabalho remoto é importante”, pontua Tiago Santos, cofundador e CEO da Husky. “Hoje são inúmeras as ferramentas que possibilitam o gerenciamento de colaboradores em diversas partes do mundo. Aqui na Husky nosso time é a prova de que distância pode caminhar junto com eficiência.”
O perfil do trabalhador remoto
Quem é esse profissional que pode trabalhar de qualquer canto, seja a sala da sua casa, a varanda, a casa de campo, de praia, uma cafeteria, o parque? Segundo a pesquisa da Husky, 54,4% trabalham com desenvolvimento de software, 9,5% dizem ter o próprio negócio, 9,2% atuam com marketing e 4,6%, com vendas.
A maioria (79%) trabalha, essencialmente, para um só cliente, responsável por gerar 90% da renda do profissional. Outros 13,6% dizem trabalhar para algo entre duas e quatro empresas, no modelo freelancer, tempo parcial ou consultoria, e 7,4% têm muitas empresas na base de clientes.
Em relação ao regime de contratação, 43,8% são PJ (pessoa jurídica) e 56,2% atuam como pessoa física, mas apenas 35% são CLT (carteira de trabalho registrada).
Entre os pesquisados, 31,2% dizem que não há um escritório para ir e 20,1% afirmam que, apesar de existir um espaço físico, não precisam comparecer.

Foto ilustrativa Andrea Piacquadio (Pexels)
As vantagens do trabalho remoto
Quando perguntadas se acharam positiva a mudança para o regime remoto, 76,8% das pessoas responderam sim à pergunta. Aliás, 84,9% delas afirmaram que tinham o regime remoto como uma meta pessoal antes de alcançarem essa posição.
O principal benefício para o profissional é o ganho em qualidade de vida. No mapa desenhado, 68,5% apontam uma melhora nesse item como razão para preferir esse regime de trabalho. Isso, segundo o estudo, provavelmente se deve a uma soma de fatores: