O processo de transformação digital foi acelerado em 2020, uma das consequências da pandemia. Esse movimento teve reflexos também na abertura de vagas de trabalho. Um levantamento feito pela Workana, plataforma que conecta profissionais freelancers a empresas na América Latina, mostra que áreas como programação, tecnologia e marketing ganharam destaque.

Na plataforma, a busca por cientistas de dados cresceu impressionantes 7.300% em 2020, enquanto a procura por analistas de dados subiu 2.100%. A demanda por profissionais para construir “landing pages” teve aumento de 210%, e a procura por especialistas em produção de conteúdo para mídias sociais subiu 115%.

Para Daniel Schwebel, country manager da Workana no Brasil, os números indicam uma forte tendência de mais crescimento nessas áreas em 2021. “As tendências acompanham as necessidades do mercado e, no momento – e acredito que também a médio e longo prazo -, o foco das empresas será se destacar on-line, coletar dados e traçar estratégias fazendo uso desses dados”, comenta. 

Entenda melhor as atribuições dessas profissões em alta.

Cientista de dados

Imagem: Unsplash

Esses especialistas lidam com o desafio de coletar dados e traduzi-los em soluções e insights para resolver problemas do negócio. Por isso, além da parte técnica que lhe cabe, é importante que o profissional acompanhe tendências, entenda bem a estratégia de negócio da empresa, saiba como se comunicar claramente com os gestores da companhia e demais stakeholders.

Na parte técnica, entender conceitos de matemática e estatística que fundamentam as análises é algo necessário. Profissionais mais completos entendem, ainda, de linguagem de programação. Segundo a Digital House, que capacita pessoas para acelerar a transformação digital das empresas, Python e R são as linguagens de programação mais populares entre os cientistas de dados.

O conhecimento em banco de dados é fundamental, e isso inclui conhecer linguagens como o SQL. Por fim, machine learning é parte fundamental da ciência de dados, pois ela é utilizada para criar algoritmos que coletam e mineram os dados de maneira automatizada. Existe uma formação específica para atuar nessa profissão, que é o bacharelado em Ciência de Dados. No entanto, profissionais da área vêm também de outros cursos, como matemática, física, análise de sistemas e engenharia. 

Analista de dados

Esse profissional analisa uma grande quantidade de dados para extrair insights e padrões. Dessa forma, é responsável por coletar, organizar e obter resumos estatísticos desses dados. Isso tudo vira uma série de relatórios que ajudam as empresas a tomarem decisões estratégicas.

Segundo a Associação Nacional de Ciências de Dados (Abracd), atuar na área requer raciocínio lógico e boa capacidade de interpretação, além de conhecimento de linguagens de programação como Python e R, domínio em banco de dados e habilidades com números. 

A principal diferença entre o cientista de dados e o analista de dados é que o primeiro está apto a fazer previsões que ajudam as empresas nas tomadas de decisões, enquanto o segundo se concentra em coletar e extrair insights e padrões. Dessa forma, o cientista de dados costuma ter as mesmas habilidades do analista, mas com conhecimento profundo em modelagem preditiva, aprendizado de máquina, estatística, matemática e ciência da computação.

A interação com a estratégia de negócio da empresa também é um diferencial do cientista. 

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